Roda de baiana
Alceu maia
Não adianta me olhar
Com esse jeito de quem
Não comeu e não gostou,
Você teve tanto trabalho,
Pulou pra chegar lá no bairro,
Mas aí, se machucou,
E agora vem com essa prosa,
Cuidado que eu sou verde-rosa,
Por favor, chega prá lá,
Tira o cavalo da chuva,
Esquece esse cacho de uva,
Porque não vai dar,
Pra você ir pegar.
Com esse jeito de quem
Não comeu e não gostou,
Você teve tanto trabalho,
Pulou pra chegar lá no bairro,
Mas aí, se machucou,
E agora vem com essa prosa,
Cuidado que eu sou verde-rosa,
Por favor, chega prá lá,
Tira o cavalo da chuva,
Esquece esse cacho de uva,
Porque não vai dar,
Pra você ir pegar.
Eu sou da mata,
Menina da pela mulata,
Das minas de ouro e de prata,
Curtida no sol e no ar,
Sou do calango, do bumba-meu-boi, do fandango,
Se falam do samba eu me zango,
Começo a sapatear,
E você não me engana,
Se não rodo minha bahiana,
Não pra você nunca me segurar.
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