O namoro: lugares comuns
Aldina duarte
Nas linhas da minha mão
Leu que era ele o meu fado
E embrulhou o coração
Num lenço de namorado
Leu que era ele o meu fado
E embrulhou o coração
Num lenço de namorado
Veio esperar-me de fato
Depois de mil telefonemas
E de mandar o retrato
Numa carta com poemas
Trouxe bombons de licor
Deu-me perfume francês
Escreveu a palavra amor
Num tronco de árvore, em inglês
Nos lençóis da sua cama
Bordou o meu pensamento
Com rosas veio um telegrama
A pedir-me em casamento
P’ra dar um nó nesse laço
Comprou o anel de noivado
E tatuou no seu braço
Nossos nomes lado a lado
Ai que lindo é o amor
Só quem não ama não sabe
Nunca vi nada melhor
Tomara que não se acabe
Nunca vi nada melhor
Deus queira que não se acabe
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