Vale das ilusões
Alex f5Eu assumi meus enganos dando murros em ponta de faca
E até pros meus manos eu virei uma piada
Só que não tou brincando olha bem pra minha cara
Sem afrodiziaco pras fêmeas tornando minha alma frustada
Caindo na cilada disdobrando que a carne é fraca
Não, quero não, suprir minha depressão
Pecando, vacilando, ignorando minha missão
Não não, sou anacrônico, sobrevivente
Nesses jogos vorazes, que implantaram no meio da gente
Não, cê não entende, sou compassivo
Sou condolente, aprendi com Jesus Cristo
Que a arte de pensar é o tesouro dos sábios
Que a arte de orar esmaga os obstaculos
Aprendi um pouco mais a pensar antes de reagir
A expor e não me impor se minhas palavras vão ferir
Tentando ser uma boa pessoa me tornei um cara amargo
Tentando me expressar montei um estudio no meu quarto
E sim já fui vendidos mesmo estando de olhos vendados
Senti-me amarrado, amordaçado como escravo
E se ainda canto é pq eu sou carente
Debocho da ingratidão mandando os versos que vem da mente
Entre na minha mente só não repare na bagunça
Isso aqui ta uma loucura deixa quieto não arruma
Quero uma chicara de café e uma cadeira de balanço
Ficar de boa no canto vendo as crianças brincando
Sem treta sem problema sem luxo que ostenta
Minhas feridas ardem me lembram que tenho problema
Eu vejo as lagrimas do palhaço que passou anoite em claro
O ator desempregado sem salario acabou o teatro
Cansei de fingir dormir a insonia me doutrinou
Tou preso em um sentimento tirando self com a dor
No recanto dos cativos entoando meu louvor
No recanto dos oprimidos declamando meu clamor
Não enchergo mais aquele alex que havia em mim
Morreu, foi embora, saiu sem se despedir
Me sinto tao só eu preciso desabafar
Me sinto tao só kd você onde está?
Fazer parte ou ser parte disso virei sem dar a seta
E vi o preterito sem merito relembrando a guerra
Ninguém vai me entender direito por isso o sentimento é solitario
Ninguém vai me entender direito por isso geralmente eu calo
Por isso que as vezes eu paro, e fico um tempo afastado
Meu rap é um desabafo, por isso nem sempre gravo
Mas e daí quem vai me ouvir eu sou só mais um novato
Não tenho contatos não sou de São Paulo, não tenho espaço nesse palco
Nesse vale das ilusões perdido remoendo as magoas
No fundo do poço enquanto vai subindo a agua
Quero uma chicara de café e uma cadeira de balanço
Ficar de boa no canto vendo as crianças brincando
Sem treta sem problema sem luxo que ostenta
Minhas feridas ardem me lembram que tenho problema