Alexandre cabide

Obsolescência

Alexandre cabide
De sons suaves no fim da tarde, fim da tarde no fim do inverno
Levanta a luz para o nosso olhar
Do cheiro doce da chuva fina, ao som dos carros rolando o asfalto,
O clima muda e a sombra se apagou

Se apaga a luz que nos transforma, quando tememos pelos que não vão saber
Não vão saber o que é a vida e não lhes deram opção de sobreviver

Longe vemos quadros hostis quando perdemos toda noção do que passou
do que se passa aqui
E na TV pode o réu ver todas coisas que não pode ter porque não teve
defesa no seu julgamento

Bonecos dançam nos telhados da sempre mesma elite esnobe que dita as regras
E vão fazendo seus palácios e cultivando vícios com nosso ingênuo dízimo

Da parte triste da estória não vale a pena comentar e fica assim
Não vamos ter mais memória dos tempos que então virão pra quem fica aqui

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