Retrato calado
Alfabeto numéricoE faço uma canção em mi
Lembrando mais do que eu devo esquecer
E saindo da escola, às 10 eu vou te abraçar
Só que agora você já é de outro rapazinho
E, com lamento arredio
Está sertão o meu certinho coração
Cê mal falou comigo, nem sequer como amigo
E saiu dos meus olhos sem ditar explicação
Mas será que algum dia a gente vai dar certo?
E se não der comigo fica aqui por perto?
A des-inventar minha solidão, branquinha
Vem, que é tu que põe na mesa
A tristeza do verso
A fina singeleza do meu ré confesso
Vem evitar essa canção
Se eu contesto o contexto
Da distância do meu tato pro teu teto
Escrevo em caderno de grampo
A história que você já viu
O ódio me cegou, você seguiu
Do-nada, a do-na da saudade, minha
Para outro sorriu
Mas será que algum dia a gente vai dar certo?
E se não der comigo fica aqui por perto?
A des-inventar minha solidão, branquinha
Vem, que é tu que põe na mesa
A tristeza do verso
A fina singeleza do meu ré confesso
Vem evitar essa canção