Alipio martins

Extermínio

Alipio martins
Crianças morrendo de fome
Sem casa
Sem roupa
Sem nome
Fumando, bebendo ou então cheirando cola.
Se humilham pedindo esmolas
Nas ruas fazendo baliza
Vendendo jornais e limpando para-brisas
Baixinhos sem rumo
Sem raça
Vegetam dormindo na praça
Sozinhos e desamparados pelo desamor
Perdidos em seus pesadelos
Quem passa parece não vê-los
O frio da noite escura é seu cobertor

Os grandes debates prometem um dia
Que esse problema vai se acabar
Tomara que não seja demagogia
E que o extermínio possa terminar

Nós queremos escolas
Moradia e pão
A criança de agora
É a futura nação

Crianças morrendo de fome
Sem casa
Sem roupa
Sem nome
Fumando, bebendo ou então cheirando cola
Se humilham pedindo esmolas
Nas ruas fazendo baliza
Vendendo jornais e limpando para-brisas
Baixinhos sem rumo
Sem raça
Vegetam dormindo na praça
Sozinhos e desamparados pelo desamor
Perdidos em seus pesadelos
Quem passa parece não vê-los
O frio da noite escura é seu cobertor

Os grandes debates prometem um dia
Que esse problema vai se acabar
Tomara que não seja demagogia
E que o extermínio possa terminar

Nós queremos escolas
Moradia e pão
A criança de agora
É a futura nação

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