Os poemas
Alira
E olhas, então, essas tuas mãos vazias
No maravilhado espanto de saberes
Que o alimento deles já estava em ti
Já estava em ti...em ti
No maravilhado espanto de saberes
Que o alimento deles já estava em ti
Já estava em ti...em ti
Os poemas são pássaros que chegam
Não se sabe de onde e pousam
No livro que lês
Eles não têm pouso
Nem porto
Alimentam-se um instante em cada
Par de mãos e partem
E olhas, então, essas tuas mãos vazias
No maravilhado espanto de saberes
Que o alimento deles já estava em ti
Já estava em ti...em ti
Os poemas são pássaros que chegam
Não se sabe de onde e pousam
No livro que lês
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
Como de um alçapão
Como de um alçapão
E olhas, então, essas tuas mãos vazias
No maravilhado espanto de saberes
Que o alimento deles já estava em ti
Já estava em ti...em ti
Uuu...ôoo...
Já estava em ti...em ti
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