Vida marvada
Almirante
Vancê num sabe
Como é bom vivê
Numa casinha branca de sapê
Com uma muié a nos fazê carinho
Com uma galinha
Uns dois ou três pintinho
O sol tá quente
A gente arranja a rede
Garra a viola presa na parede
Acende o pito, cospe e passa o pé
E deixa a vida como Deus quisé
Como é bom vivê
Numa casinha branca de sapê
Com uma muié a nos fazê carinho
Com uma galinha
Uns dois ou três pintinho
O sol tá quente
A gente arranja a rede
Garra a viola presa na parede
Acende o pito, cospe e passa o pé
E deixa a vida como Deus quisé
[refrão]:
Ê vida marvada!
Num dianta fazê nada!
Pruquê se esforçá
Se num vale a pena trabaiá?
(bis)
[intervalo instrumental]
Não sei pruque
Que aqui não nasce nada
É só capim, só mato e pinharada
Num nasce arroz, nem mio e nem feijão
Num sei o que é que cresce nesse chão
De manhã cedo
Eu óio pra rocinha
Pra vê se a vez nasceu quarqué coisinha
Mas, qual o quê, não nasceu nada, não
Prantando nasce, mas num pranto, não!
[refrão](bis)
[intervalo instrumental]
[repete a primeira estrofe]
[refrão](bis)
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