Caboclo viajado
Alvarenga e ranchinhoDesde o dia que nasci
Já tive no ceará
E também no Piauí
Mas caboclo iguár a eu
Falo franco, eu nunca vi
Agora vou lhes contar
Um fato que assucedeu
Vancês preste bem sentido
Que é pra sabê quem sou eu
De uma vez eu tive um fecha
Que me fez eu suá fria
Foi com um cabra butinero
Lá no sertão da Bahia
Pra eu fazer ele correr
Foi perciso quinze dia
Daí ele convenceu
Que comigo não podia
Daí ele convenceu
Que comigo não podia
Arresorvi vim pra casa
Já arrumei o meu baúr
Vim visitá meus parente
Antes de seguí pro sur
Adonde disse que o céu
É mais lindo e mais azur
Por mais que eu visse de ser
Não podia acreditar
Havê no mundo outro céu
Mais bonito que o de cá
Afundei pro paraná
Cortei santa catarina
Quando cheguei no rio grande
Cansado e sem butina
Eu disse, tô sastisfeito
Pois cumpri com a minha sina
Mas se rio grande é de ouro
Meu são paulo é de platina
Mas se rio grande é de ouro
Meu são paulo é de platina
De fato rio grande é bão
Pará e rio de janeiro
Afinar de ponta a ponta
O nosso brasír inteiro
Tudo é bão, tudo é especiár
Só não presta é os brasileiro
Sem ordem não há progresso
E nóis semo desordêro
Sem ordem não há progresso
E nóis suemo, desordeiro