Atol
Alvo
Trovoadas lá no céu
E um mar de sangue aqui no chão
Nos jornais procuro um emprego
Algo que me dê algum dinheiro
E um mar de sangue aqui no chão
Nos jornais procuro um emprego
Algo que me dê algum dinheiro
Tedioso enredo, talvez um grande defeito
Mas no atol se quebram ondas de esperança
Pesado é nosso fardo de desilusões
Minha obrigação renuncia à vaidade
É... é verdade, está ficando tarde
Não trago mais inspiração
Mas o dom tem o mesmo tom
Miragens no caminho camuflam os espinhos
Inibindo a natureza, a grande beleza
Da poesia juvenil do Brasil
Tudo que espero
É um reflexo sincero
É pisar num bom terreno
Sem sentir o gosto do veneno
Todo lábio invejoso tem um beijo perigoso
Oculta a atitude, desvirtua a juventude
Pesado limbo, fardo de desilusões
Minha obrigação renuncia à vaidade
É... é verdade, está ficando tarde
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