Sou eu, o "eu" que morreu

Eu acho que devia pensar mais
Melhorar as atitudes, perante a face dos meus pais
Saber que o 'tudo' era 'nada', e que nada aconteceu
Só a tristeza que instalou-se e que aqui permaneceu

Cada dia que passa parece que eu estou mais em baixo
Percebi que nada é forte, como aparenta ser
Sei que aqui nada conta, muito menos o que eu acho
Só tenho que ser fiel, manter a resistência do meu ser

Já não confio em ninguém, só no meu melhor amigo
E no dia da minha morte, estará ele comigo?
É difícil acreditar mas até nisso duvido
Pra não sofrerem como eu, prefiro viver sozinho

Longe daqui, mas ao teu lado é o meu mundo
Momentos de aflição, respiro então bem fundo
Está travado, já não sai, é desfeito no meu peito
Já tentei de tudo mas talvez, isso faça algum efeito

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Já de cabeça alterada, mas consciência descansada
Lembro de todos os amigos e ficaram por esta estrada
Que não queriam mas infelizmente tudo aconteceu
Acabaram-se as falhas, tudo o que tínhamos morreu

Mas porque, mas porque, não façam esta pergunta
Eu sempre estou a bordo quando o barco se afunda
Desta vez já tou ciente, e vou lutar pela minha vida
Lutar pra ser feliz e não comum será a minha sina

Não tapo os olhos pra aquilo que não quero ver
Se estamos todos na merda acabamos por merecer
Tava previsto, simplesmente eu desisto
E insisto… que não arrisco

Quando olho ao meu redor, e vejo que estou sozinho
Sinto que fui abandonado, no meio do nosso caminho
São momentos que eu chego a perguntar 'quem sou eu'
Sempre chego a conclusão, que este 'eu' já morreu