Divineland
Amanda aguiar
Eu espero que eu esteja farta disso amanhã de manhã porque se eu me manter invariável, fixamente estável, eu serei só mais uma em meio a todos que assitem ao câmbio, ao comboio, à torada, sem se darem conta de que enquanto se sentarem à mesa e já gritarem por sobremesa, haverá a diferença entre os gritam por liberdade e os que berram "eu quero maioridade", a fim de pegarem um carro e saírem dando ré em todas as esquinas que avisam com uma placa em pé: quem acha que paga tudo paga tudo, inclusive o pato.
E enquanto eles ultrapassarem os limites de velocidade, tolerância, novidade, eles serão os mesmos uns que sempre assumiram
Sem saber
Do que sei
Sem me ater
Nem à placa
Nem à lei
Arca, madre, opus dei, pó, calma, declararei
Letras sussurradas pelas palavras que sussurrei
Impostos de contas calculadas pelas quantias que paguei
Desconhcendo que quem quer pagar tudo paga tudo
Paga o pato
Leva o mundo para o ralo
Para o gato dá um rato
Para a velha o gato
Para um assado o pato
Só não leva, do que comprou, o tudo
Porque compra não é escudo.
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