Ana barroso

Benzinho

Ana barroso
Benzinho cê chega aqui
Vai encontrar um pequeno altar
Que tem meu Genésio pra abençoar
A casinha é simples, mas dá pra morar
E tem também sofá pra deitar
E tapete pra poder jogar
Toda poeira que o vento causar em nós dois

Benzinho cê chega aqui
Vai ver fita, abajur, cobertor
Quintal, flores, rede e bebelôs
E um violão pra avivar nossa cor
Livros na estante, mochila, sombrinha
Travesseiro, novelo de linha
E uma janela velha pr’eu esperar
Você chegar

Benzin, eu disse pra lua
Ficar cheia, deixar de frescura
Ô benzin, cê chega aqui
E a gente sonha de brincar rodando
Se chegar cansado, o café ta coado
E os biscoitos estarão assados
E o calor quase que sufocado
Pra te dar

Agora eu repouso os meus dedos
Pelo infinito do seu cabelo
E espero que esse conto tenha lhe feito dormir

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