Eu sou
Ananda botelho mendesComo se eu pudesse
Não estar em mim
E eu quero te inteirar
Do que eu não penso
Já é hora de alguém
Reconhecer que o nada
Está aqui também
Já é hora de se ver
Um pouco de bom senso
Eu já andei tudo isso aqui
Eu nunca avancei
Nunca retrocedi
E se quiser me achar
Pode ter certeza
Que não tem muita opção
Além de seguir
Passar pra contramão
E no fim realizar
A velha surpresa
Mas não tente decorar
A lei é paradoxal
Não tente pré-determinar
As fronteiras entre o bem e o mal
Eu sou o “sim” e a vida
Eu sou o “não” que te confundiu
Eu sou a luz que te guia
E mesmo quando você não tiver afim
Eu sou sim
Se assustou?
Pensou que eu fosse
Abandonar você
Ou pensou que eu pudesse desaparecer
Você ainda não entendeu?
Que isso não vai rolar
E que o jogo é meu
E sinceramente
Não há nada que eu não seja
Meu bem, não acho estranho
Tampouco acho normal
Falar de perda e ganho é paradoxal
Eu sou o “sim” e a vida
Eu sou o “não” que te confundiu
Eu sou a luz que te guia
E mesmo quando você não tiver afim
Eu sou sim
Pode se debater e espernear
Retroceder e avançar
Pode fugir de mim, me procurar
Tentar me punir, me subornar
Nada vai adiantar
Pode se debater, espernear
Me agradecer, me suportar
Retroceder e avançar
Eu sou o “sim” e a vida
Eu sou o “não” que te confundiu
Eu sou a luz que te guia
E mesmo quando você não tiver afim
Eu sou sim