Mix
AnarcofunkQue desde Pereira Passos aconteceu num lugar
Aconteceu num lugar
O amor de um prefeito-capitão
Pelas multinacionais
O ódio às comunidades e ocupações
Por interesses capitais
Porto Maravilha
Maravilha pro burguês
Porto Maravilha
Não pedimos por vocês
Não, não, não, não, não, não
É o capital, al, al, al al, al
É o capital
É o capital, al, al, al al, al
É o capital
Entre a conta e o patrão
Junto da especulação
E é você quem vai sair
É você quem vai sair
Entra a paz junto com o medo
E não tem nenhum sossego
E é você quem vai sair
É você quem vai sair
UPP para quê?
UPP para quem?
UPP para retirar você
Bota muro na favela
Pra esconder cada viela (para esconder cada viela)
Controla o povo dentro dela (controla, controla)
E implodir a vida nela
E bota muro na favela
É mais um gueto de Varsóvia
Volta a senzala na favela
Tira do pobre a sua história
E bota fogo na favela
E queima o pobre dentro dela
Derruba logo esse barraco (derruba logo esse barraco)
Pro rico chegar de barco
E bota muro na favela
Bota muro, bota
Bota muro nela
Tá controlado, tá vigiado, manipulado
Tá legislado, tá dado, tá dado, tá dado
Pelo direito do Estado
Tá legislado
Todos os meus gestos estão previstos e mapeados
Enclausurados em um livro
Que é o direito do Estado
Começa com a pátria exigindo satisfação
De tudo aquilo que eu faço
Para ser bom cidadão
Tá de acordo com a nação
Aceitar submissão
Dançar como um patinho dentro da constituição
Que quer trancar a vida, antecipando nossa ação
Mediando e prescrevendo toda toda situação
Dizendo sim ou não
Ao que podemos fazer
Impondo a todos os direitos dos deveres de exercer
E o direito à obedecer
E você deve obedecer
Eu vou falar de novo, que é para geral entender
Direitos e deveres
O seu direito é dever
E você deve obedecer
Direito de obedecer
Quem cumpre com os seus deveres
Tem o direito de
Permanecer calado
Tá dado, tá legislado
Tá legislado pelo direito do Estado
Sabote, sabote, sabote o Estado
Sabote, sabote
Sabote
Sabote
Sa-bo-te, sa-sa-bo-te
Vamos olhar pro Eduardo Paes e vamos debochar (aham)
Vamos olhar pro Sérgio Cabral e vamos debochar (aham)
Agora eu vou te esculachar (aham)
Sa-bo-te
Meu irmão, tá ligado, eu quero sabotar o Estado
Não com Lenin, nem com Marx
Mas com o mendigo do meu lado
Esse Estado é nazista, fascista, exterminador
Mata preto, pobre, puta e gay
Só com um atirador
Sabote, sabote o Estado
Sabote, sabote o Estado
Sabote, sabote, sa-bo-te
Aí, que delícia
Sabota, sabota, bota
Sabota, sabota, bota
Sabota, sabota
Sa-bo-te
Sa-bo-te