Anderson paz

Na madureira moderníssima, hei sempre de ouvir cantar um sabiá

Anderson paz
Bate o tambor de Madureira
Anunciou que vai relampear
No verso do vento
O axé da morena
Chegou Yaô de Oyá
Chegou Yaô de Oyá

Clareou
Sob o céu suburbano, festeiro
De um Rio mestiço, mandingueiro
Que é de samba, malandro, jongueiro
Bamba no terreiro, com seu guaiá
E Madureira
Se eternizou na tela moderna
Que a Portela foi no passado buscar

Ô mestre
Traz o pandeiro e a viola
Que eu quero ver
Se a moça de saia rendada rebola
Rebola, Oi, rebola
Que eu quero ver
Se a moça de saia rendada rebola

Ela se enlaça no sonho que passa
Traz as três raças
Na bagagem e vem
Encontrar o canto da brasilidade
Com a claridade que um ser de luz é que tem
Clara mineira é a guerreira que vence
E o portelense se vê como Clara também

Eu andei na areia que é de Iemanjá
Catando conchas pro seu colar

Dançou feliz
Pelas matas, bambuzais
Feiras, sertões e gongás
Agora já não dança mais
A saudade com o manto azul e branco
Sai da eternidade
Voa pra voltar
E a magia da Deusa revivida
Se encanta na avenida numa sabiá

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