Na minha mão É mais barato
Anderson pazPeça rara, coisa fina
Tem escritório de samba quebrando a firma!
Quem dá mais num mestre-sala
Quanto vale a tradição?
É mais barato aqui na minha mão
Índio quer tocar
É toma lá dá cá, que ninharia!
O português levou o nosso pau brasil
Por um caco de espelho... Quem diria?
Quem quer banana a dez réis?
Negro gritou
Meu tabuleiro tem quindim
Logo a mulata pregoou
Só cinco vinténs
Por menos eu não vendo pra ninguém
Quem vai querer? Quer levar?
Ó meu sinhô, minha sinhá
É sensacional.
Tem xêpa no rio colonial
Com vinte tostões se comprava
O meu rio antigo que saudades traz!
Na rua o imigrante chegou
O tempo foi quem transformou
Tem mate, tem limão no arpoador
Quem dorme sonha
Quem trabalha conquista
Tá no saco de balas do menino lá na pista
A banca de pilares é aqui!
Hoje a uruguaiana é sapucaí
Depois que o dinheiro comprou
O sambista a bandeira rasgou
Eu sou caprichosos
Amor que incendeia
Sangue azul e branco
Tá nas minhas veias
Oh! Sol vem pra rua me clareia, me clareia
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