Súplicas de um corpo vazio
André yankA música terminou e eu ainda espero a minha dança
Até onde eu iria? O que que me importaria?
Se eu morresse agora será que alguém choraria?
A estrada me levava a bem mais que dois caminhos
Era eu, eu e minha fé e eu sozinho
E talvez minha escolha tenha prejudicado tudo
Mas talvez ela não faria diferença pro mundo
Eram tantos olhares, eram tantos padrões
Que meus sentimentos se tornaram meus piores vilões
Muitos pra ser feliz só precisam de transas
E eu precisava apenas de um pouco de esperança
Junto das malas as roupas as fotografias
Hoje sou só um vulto rodando a madruga fria
Na real já nem sei o que eu sou nessa estrada
Só to tentando agora achar de volta o caminho pra casa
Eu só peço nos meus sonhos
Que os pesadelos não retornem mais
Que eu possa enxergar que eu possa encontrar
Minha paz e nada mais
Vêm fantasmas em minha direção
E eu já nem sei se são fantasmas se sou eu ou se é ilusão
Eu sai de mãos dadas com meu demônio pessoal
Uma parte de mim morria e a outra achava normal
A opção que tinha era partir sumir
Aí eu resisti, resisti e acabei ficando aqui
Tudo mudou demais O sorriso não é mais igual
Já não era inferno astral eu tive um inferno pessoal
Afoguei toda minha alegria em copos de gelos
Hoje mergulho de cabeça dentro de copos de veneno
Um chafariz de sangue que segue correndo
Abrindo feridas arrombando portas de sofrimento
E eu que sempre achei que iria escapar ileso
Só agora depois de tudo que pasei que eu me vejo
Preso em quartos escuros assistindo meu fim
Vendendo o pouco da alegria que ainda sobrou pra mim
Do meu lado um fantasma que ainda segura minha mão
E minha vida me vendo com olhar de decepção