Campo minado
Andrea amorim
Falta de sorte e de sossego
Não me interessa, não tenho tempo
País dos pais que já morreram
Hasteados na bandeira
Portas fechadas, mente trancada
Jardim doente na madrugada
Do prisioneiro que foi jurado
E do resto que foi queimado
Não me interessa, não tenho tempo
País dos pais que já morreram
Hasteados na bandeira
Portas fechadas, mente trancada
Jardim doente na madrugada
Do prisioneiro que foi jurado
E do resto que foi queimado
Somos acerto sem perdão
Mas ainda temos coração...
Pátria calada idolatrada
Nó na face ensangüentada
Força e dor, território dividido
Mão no peito pra se dizer arrependido
Espelho sincero, engano santo
Podemos ser silêncio e canto
Esperado sono para os cansados
Estranho mundo para os não amados
Olho pro nada e quase o vejo
Primeiro medo, último beijo
Um beijo doce que não tem gosto
Amargo mistério cuspido no rosto
Sou de um lugar, um campo minado
Onde a vítima é sempre o derrotado
Vou dando fora pra estar perto
Ficar sozinho pra estar certo
O que eu falei não tem sentido
Eu sou apenas um anjo ferido...
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