O escravo edaz
Anima mea
Senhora Santa Clara
Clareava o céu
Através da lua cheia
Que brilhava!
E a menina dos versos seus olhos
Se lhe entregava
Assim: Sob o enredo
De senhor e sua escrava!
Clareava o céu
Através da lua cheia
Que brilhava!
E a menina dos versos seus olhos
Se lhe entregava
Assim: Sob o enredo
De senhor e sua escrava!
O gosto de donzela
Sem mazelas ficou
Na sua roupa, na sua boca
No seu cobertor
Sorriso pueril
Nessa noite não se viu
Viu-se fogo, viu-se gozo
Viu-se amor febril
O vestido a rodar
Maresia e o mar
Finas pernas pro ar
Um só corpo e um sonar
Passados alguns dias
O senhor se via só
Só lamento, só angústia
E sofreguidão!
O grito da vontade
Ecoava-lhe no peito
Sem respeito e sem direito
À reclamação!
O amor lhe venceu
Feito luz para o breu
De senhor capataz
Fez-se escravo edaz
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