Primavera em flor
Aninha pires
Meu jardim se preparou para florir
Botões surgiram cada qual com sua cor
Um cravo lindo que mostrou um colorido,
A margarida ficou linda quando flor
Lá no açude da morada fez visita
Um cisne branco refletido na vidraça
Batendo asas, pendurado num pé só
É a primavera dando mostra da sua graça
Vou invernar mil sonhos pra nós dois
Encher os vasos com flores de maçanilha
Arrumo o rancho, me perfumo, pra depois
Matear à sombra esperando maravilhas
Na água límpida e clara da cacimba
Ver tudo isso, ver meu sonho tremular
Tocar minha pele com a ponta dos meus dedos
Neste meu ventre mil segredos aguardar
Mais adiante meu corpo será mulher
Dará a mostra na barriga que se empina
Eu serei mãe no tempo que deus quiser
Serei senhora sem deixar de ser menina
Se vier menina, seja linda e delicada
Que embale sonhos vestindo renda e bordado
Usará tranças com laçinhos sobre os ombros
Água de cheiro lá da venda do povoado
Se for piazote, que venha com saúde
Que vá a sanga pra dar saltos e mergulhos
Que seja forte pra pelear quando preciso
E pra nós dois seja motivo de orgulho
Depois de tempos quero a sombra de um galpão
E um companheiro sentadito ao meu lado
Catre de vime, almofada e mate gordo
No meu fuxico, dando vida ao passado
Na água límpida e clara da cacimba...
Botões surgiram cada qual com sua cor
Um cravo lindo que mostrou um colorido,
A margarida ficou linda quando flor
Lá no açude da morada fez visita
Um cisne branco refletido na vidraça
Batendo asas, pendurado num pé só
É a primavera dando mostra da sua graça
Vou invernar mil sonhos pra nós dois
Encher os vasos com flores de maçanilha
Arrumo o rancho, me perfumo, pra depois
Matear à sombra esperando maravilhas
Na água límpida e clara da cacimba
Ver tudo isso, ver meu sonho tremular
Tocar minha pele com a ponta dos meus dedos
Neste meu ventre mil segredos aguardar
Mais adiante meu corpo será mulher
Dará a mostra na barriga que se empina
Eu serei mãe no tempo que deus quiser
Serei senhora sem deixar de ser menina
Se vier menina, seja linda e delicada
Que embale sonhos vestindo renda e bordado
Usará tranças com laçinhos sobre os ombros
Água de cheiro lá da venda do povoado
Se for piazote, que venha com saúde
Que vá a sanga pra dar saltos e mergulhos
Que seja forte pra pelear quando preciso
E pra nós dois seja motivo de orgulho
Depois de tempos quero a sombra de um galpão
E um companheiro sentadito ao meu lado
Catre de vime, almofada e mate gordo
No meu fuxico, dando vida ao passado
Na água límpida e clara da cacimba...
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