Anomia

Colateral

Anomia
Casa de pau beira de encosta, e qualquer dia vamo abaixo
Acende uma vela pra oxóssi, outra pra aliviar o cansaço
Sobrevivência do mais forte, me mantem embriagado
Embaixo da luz do poste, reunião dos aliados

Material já tá endolado, original Brasil colônia
Carburando com amônia liberta meu peito escravo
Madruga quem vende insônia no berço da babilônia
Enquanto a favela sonha, explode crânio alvejado

Desgoverno planejado sabota meu povo enfermo
E a receita do fracasso é crack bebida e puteiro
Festival tradicional rebola bunda no pandeiro
Puro ódio marginal pra tacar fogo no poleiro

É mais um guerreiro, solto no deserto das almas
Evaporando traumas, sujando os dedo
E a palo seco, eu largo mão das palmas
Revolução contra ganância derramo sangue pela causa

Fim dos tempos apocalipse final illuminats
Palavras distorcidas informação do Zeitgeist
A droga é o mal do século, idólatras incrédulos
Ilusão de sucesso ladrões usando terno

Império do luxo, ostentam o consumismo excessivo
Manipularam seus avós pra escravizar seus filhos
Degradação climática, a terra tá mais quente
Faz você cultuar seu corpo esquecer da sua mente

Desordenado ocupação ocupou todas terras
Faltou espaço, foi ao morro criar as favelas
Chegou maconha, cocaína, crack, berro
Homicídio, repressão, poder paralelo

Superlotação nas instituições prisionais
Sem recurso pra manter empilham marginais
Civil bateu na porta, vizinho fez fofoca
Se não levar o suficiente é mais uma vitima morta

No fone wu-tang clan, é anomia igual vietcong
Pivete de canivete sangue de talibã
Trincheira cheiro de morte é sem dó, pá
Recruta mata e na napa é só o pó

Pocaram o menor, fardado os black-ops
Agencia arrasta na caça e dá o bote
Reza pra sorte é guerra de classe
Burgues chora na mira da ak dos anark

O sangue escorre é pela cédula
Mídia mentira igual fagulha injeta agulha vida incrédula
Clone de célula, tempo de nova era
Obama nóia do petróleo perfurando a terra

Cruzada, Iraque Síria dizimada
Refugiado na Europa se alastra e tem atentado
Daesh invade o senado, branca mansão maçom
Amordaçado Loki incorporado cuspindo o recado

Pegada forte na terra no passo do talibã
O Sol torrando as inchada e a máfia tá no divã
A farsa manipulada o dia depois de amanhã
A corrupção vendida e político faz merchan

Na tela trocam de pele, adele vim te dar tchau
Botam preto em estatística provocam funeral
Onde terrores me assombram com bomba e parafal
O país entra em colapso com a guerra nacional

Menor mendiga moeda, martelo vidro fume
ONG bosta na favela ideal de pinochet
A criança tá com sede o problema não se resolve
Só que os menor cresceram e tão de Kalashinikov

Até que se provam o contrário a culpa é do sistema
Que te espanca te maltrata te estupra te aliena
Salve geral black-block ameaça do império em queda
Efeito colateral do que gerou toda essa merda

Expondo a ótica caótica
Na prática sem ética
Na rotina robótica com as relações sintéticas
A rua é neurótica e dramática
Olho aberto toda hora que a vivência é frenética

E não permite erro, não tem perdão não
E no fim das conta é cada um na sua função
Já que não viu bem, embaixo do nariz
A corrupção pra afundar de vez o país

E a micha caiu, mas nem aí de novo
Então vai debochando com a corda no pescoço
Achando graça, fazendo papel de bobo
E o bicho solto cospe rima no fundo do calabouço

Envergando os vergalhão de aço
Outro contaminado na sociedade doente
Nova era vai vendo que é tipo assim
Aberração berra no mic pra romper as corrente e até o fim

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