Frevo em tamandaré
Antonia adnet
Sei qualquer razão
Que o tempo tem
Que o sentimento
Há de vir sem querer
Que venha
Há de, assim, suspender
O ar
Em cada passo
Em cada abraço
Há pouco espaço à solidão
Coisa de aventura
Coisa de loucura
Nem lá, nem cá
Não sei
Aconteceu
De ser assim
Que um fim-de-tarde
Há de vir sem querer
Que venha
Há de, assim, suspender
O ar
Um coração
Que nunca para
Não repara a solidão
Coisa de criança
Coisa da lembrança
Nem cá, nem lá
Sei não
Sombra, o caramanchão
Poeira e cal
Águas de igarapé
A rede, o sal
Noites de lampião
O vento, o mar
Frevo em Tamandaré
E o tempo vai
Hoje, ao cair do dia
Quase não me valia
A mim a vida mais
Hoje, talvez eu veja
Tudo que eu mais desejo
É sempre amar demais
Que o tempo tem
Que o sentimento
Há de vir sem querer
Que venha
Há de, assim, suspender
O ar
Em cada passo
Em cada abraço
Há pouco espaço à solidão
Coisa de aventura
Coisa de loucura
Nem lá, nem cá
Não sei
Aconteceu
De ser assim
Que um fim-de-tarde
Há de vir sem querer
Que venha
Há de, assim, suspender
O ar
Um coração
Que nunca para
Não repara a solidão
Coisa de criança
Coisa da lembrança
Nem cá, nem lá
Sei não
Sombra, o caramanchão
Poeira e cal
Águas de igarapé
A rede, o sal
Noites de lampião
O vento, o mar
Frevo em Tamandaré
E o tempo vai
Hoje, ao cair do dia
Quase não me valia
A mim a vida mais
Hoje, talvez eu veja
Tudo que eu mais desejo
É sempre amar demais
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