Em tempos famintos
Antônio altvater
Eu vejo no horizonte aberto
Mais um caminho para seguir
Pilhando o pasto seco e a poeira
No corte firme do facão
Mais um caminho para seguir
Pilhando o pasto seco e a poeira
No corte firme do facão
As vezes tento encontrar um Deus
Em que eu possa confiar
E as vezes ele me procura
Para que eu possa ter perdão
Meu filho aos dez se sonha em voar
E aos vinte vão te por no chão
Meu filho aos dez se sonha em voar
E aos vinte vão te por no chão
O dia-a-dia me carrega a força
Num galope tão veloz
Encosto na esquina e espero
Um mar de automóveis
Semáforo dá cores vivas
A capital cinzenta
Pássaros de aço cruzam
O que eu posso ver do céu
E os invisíveis da cidade morrem
No que eu posso ter do chão
Meu filho aos dez se sonha em voar
E aos vinte vão te por no chão
Meu filho aos dez se sonha em voar
E aos vinte vão te por no chão
O dia-a-dia me carrega a força
Num galope tão veloz
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