Tiê tiê, devagarinho que eu quero aprender
Flor que nasce em pé de serra, é difícil de buscar
Mulher que grita rasgado, faz defunto levantar
Homem que faz apressado a mulher tem que largar
Tiê Tiê, faz com carinho que eu quero aprender
Tiê tiê, devagarinho que eu quero aprender
Quem brincar com cobra mansa, é melhor não se arriscar
A picada é diferente, engorda ao invés de matar
Só depois de nove meses, que o veneno vai curar
Tiê Tiê, faz com carinho que eu quero aprender
Tiê tiê, devagarinho que eu quero aprender
As moças de lugar quente, não conseguem refrescar
A fervura vem de dentro, pega fogo no lugar
O remédio é caldo quente, pra quentura equilibrar
Tiê Tiê, faz com carinho que eu quero aprender
Tiê tiê, devagarinho que eu quero aprender
As meninas lá da roça, tão querendo emancipar
Tão de cabeça virada, ninguém consegue mudar
Bota os machos na cozinha, e as meninas vão roçar
Tiê Tiê, faz com carinho que eu quero aprender
Tiê tiê, devagarinho que eu quero aprender