Eu e meu cavalo
Antonio silvino oliveira dos santosDos bichos domésticos tão apreciados
Lagos com peixes que sempre pescava
Das lindas veredas onde eu cavalgava
Botinas de couro casaco de pele
Puído e manchados pelo o suor
Um traje sem brilho usado nas trilhas
Em noite de frio, na chuva e no sol
E lá ia eu e o meu cavalo
Ia torto na cela com os meus apetrecho
Vender na corrutela
E lá ia eu e o meu cavalo
Eu e meus apetrechos
Ele e a rédea no queixo
Rumo a corrutela
Meu cavalo arava eu platava e colhia
Enchia a dispensa e o resto eu vendia
Eu criava os meus bichos soltos no mato
Meu cachorro pacato que tão pouco latia
Até que um dia esse tal de progresso
Com fama e sucesso apareceu por lá
Construindo usina alagando tudo
Desfez o meu mundo tomou meu lagar
E aqui estou eu sem o meu cavalo
Sem o meu tesouro adereços de couro
Sem as minhas terras, sem meus animais
E aqui estou eu sem o meu cavalo
Eu não vivo mais disso
Eu não crio os meus bichos
E nem planto mais