Senhoras do ventre do mundo
Arthur francoNa academia desfilar, mãezinha
Vovó me dá cafuné
Derrama todo o axé
E faz de cada mulher rainha
Mãe que deu luz a criação
Ventre da humanidade
És a negra majestade
Semeada nesse chão
Que o açoite não calou
Traz na pele o tom da noite
Que orgulho dessa cor!
Senhora da paz, heroína
A tua vitória, presença divina
Conduz a historia e tudo o que será
Miragem no olhar, Imagem no altar
É de angola é ginga que chegou
Roda na gira, firma no tambor
Quilombola vem mantendo acesa a chama
Iluminar gente de gana
No tabuleiro tem um sonho de libertação
Banho de cheiro traz a cura, purificação
A fé na barra da saia
Mandingueira em seus rituais
Na guia que carrega no pescoço
O passado glorioso
Um presente de ancestrais
Lá vem Salgueiro
Na voz do morro, a tolerância
Se a igualdade ainda é uma criança
Da sua luta ela nasceu
Pra escrever um novo mundo de esperança
Herança para os filhos teus