Arthur nogueira

Papel tesoura e cola

Arthur nogueira
Dia de verão na vista chinesa. Eu, sozinho
Era um mandarim frio mas vendo tudo

Do alto, tomado pela beleza, achei que
Em meu coração a tristeza era mesquinha

Pensar em mim e em você me pareceu avareza
Tendo em vista que nós somos bem menores

Vistos do alto da boa vista. Janeiro bicicletas
Bem-te-vis entraram pelos meus olhos

Abrindo em cheio meu peito que sombra
Demoraria à luz de tantas lanternas?

Mesmo a noite mais profunda logo se incendiara
E, decerto, morreríamos só depois da madrugada

Era uma tarde chinesa, tarde de mim sem você
Quando vi que nós dois juntos não valíamos

A cena

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