Artilheiros do forró

Boi de carro

Artilheiros do forró
Fui buscar um boi de carro que estava na prisão
Pra levar pro matadouro ao pedido do patrão
Quando eu joguei o laço o animal pra mim olhou
E o que ele me falou foi de cortar coração. (bis)

Me disse assim: portador, destino triste é o meu
Eu não sei por qual motivo o meu patrão me vendeu
Ajudei a tanta gente, fui escravo do roçado
Depois de velho e cansado ninguém me agradeceu. (bis)

Ao lado do boi vapor, o meu primeiro parceiro
Só puxava o carro cheio, obedecendo ao carreiro
Na passagem do riacho me ajoelhava no barro
Ou desatolava o carro ou quebrava o tamboeiro. (bis)

Quem trabalhava comigo batia por desaforo
Cortava meu corpo inteiro com um chicote de couro
Em vez de me libertar para morrer no cercado
Meu sangue vai ser jorrado nas tábuas do matadouro. (bis)

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