Fado da pouca sorte
Ary dos santos
De manhã a vender na Avenida,
ou à tarde nas ruas da Baixa
está o cauteleiro
a gritar que há horas na vida
à carteira de que não tem
pão porque não tem dinheiro.
Tantos contos que são a taluda,
tantas notas sonhadas só ele
as atira p'ra o ar.
Já que a sorte da gente não muda,
que tristeza termos de pensar
isto vai a jogar.
ou à tarde nas ruas da Baixa
está o cauteleiro
a gritar que há horas na vida
à carteira de que não tem
pão porque não tem dinheiro.
Tantos contos que são a taluda,
tantas notas sonhadas só ele
as atira p'ra o ar.
Já que a sorte da gente não muda,
que tristeza termos de pensar
isto vai a jogar.
Quinze mil quatrocentos e tres.
Nove mil trezentos e dez.
Mas o mal que o dinheiro nos fez
durante a vida toda...
Amanhã não anda a roda!
Um bilhete que sabe a desgraça,
uma vida passada à espera da terminação.
Mas o cauteleiro é que passa,
a má sorte jogada no duro da aproximação.
A voz lenta apregoa a cautela,
esperança louca de quem nunca teve
uma nota na mão.
Mas a sorte também tem com ela
a miséria de quem fez do jogo
o seu ganha-pão.
Quinze mil quatrocentos e tres.
Nove mil trezentos e dez.
Mas o mal que o dinheiro
nos fez durante a vida toda...
Amanhã não anda a roda!
Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!
Mais ouvidas de Ary dos santos
ver todas as músicas- Fado Da Pouca Sorte
- Balada Para Uma Velhinha
- Fado Do Campo Grande
- Fado Dos Azulejos
- Meu Amor, Meu AMor
- O Amarelo Da Carris
- Fadinho Do Bacalhau
- Namorados Da Cidade
- Nova Feira Da Ladra
- O Cacilheiro
- Quando Um Homem Quiser
- Rosa Da Noite
- Tourada
- Retalhos Da Vida De Um Médico
- Um Homem Na Cidade
- Fado Varina
- Menina
- O Homem Das Castanhas
- Desfolhada