As bahias e a cozinha mineira

Esperança no cafundó

As bahias e a cozinha mineira
Vem meu preto pra cá
Pros cafundó do meu sertão
Cá vem, cá vem, cafunga
Cá na caatinga do meu coração

Vem meu preto pra cá
Pros cafundó do meu sertão
Cá vem, cá vem, cafunga
Cá na caatinga do meu coração

D'onde os açudes de água carece
Hás assucena não da mais viso
D'onde as hermida não reza prece
Mas ainda espera o desaguar do teu sorriso
Aboio cá, não se canta mais de tristeza
O canto cá logo se faz
Se arruma meu preto desse seridó
E vem correndo cá

Pros meu cafundó

A face rachada
É o espelho da terra
Que vermelha enterra
O amarelo do sol
Que se põe a riscar
Sua escrita tão dura
Que feito rapadura traduz o ?
E na dura beleza o doce se esconde
E pergunto aonde está meu amor

E de cá anuncia o zé cancioneiro
Que nos pau d'um buseiro o verdin se trancou

Até que o aguaceiro se lance na terra
Apagando a escritura marcada na pele do chão
E da luta arrancar da doçura verdança

Pra cá trazer as bondança pros cafundó do meu sertão
Pra cá trazer as bondança pros cafundó do meu sertão
Pra cá trazer as bondança pros cafundó do meu sertão

E cafundó de cá com cá com cafuné
E cá num có de qué com qué com qué
E cafundó de cá com cá com cafuné
E cá num có de qué com qué com qué
E cafundó de cá com cá com cafuné
E cá num có de qué com qué com qué

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