Sp
Baixo cleroAs portas falam
Os prédios caem
E poucos param
(Para apreciar)
Ideias ruins
Pensamentos céticos
Ouço a música
De carros frenéticos
(A luz do luar)
Aqui não há
Segurança
Nosso chefe
É uma criança
(Que já sabe atirar)
Todos falam
Ninguém se entende
É tudo tão
Indiferente
Não estou me sentindo bem
Acho que alguém
Me enganou e me trancafiou
Em SP
Os carros voam
Ninguém se importa
Tudo tão banal
Cultura morta
(Noite viva)
Sobrevivem a miséria
Com um largo sorriso
Homens torram tudo
Com gazes do riso
(Morna brisa)
O feriado tão longe
E a praia tão perto
Todos querem o dinheiro
Não fazer o que é o certo
(Cidade linda)
Palavras furadas
Estado crítico
Não ganha o melhor
Ganha o melhor político
Não estou me sentindo bem
Acho que alguém
Me enganou e me trancafiou
Em SP
Atirem borrachas
Se começarem a pensar
Reprimam qualquer
Tentativa de mudar
(Ordens do governador)
As armas disparam
Balas perdidas
O pânico se espalha
Corram por suas vidas
(A metrópole acordou)
Acordar de manhã
Estar condenado
A ganhar dinheiro
Para ser roubado
(A polícia ignorou)
Vocês querem violência
E xenofobia
Seu maior inimigo
É sua própria hipocrisia
Não estou me sentindo bem
Acho que alguém
Me enganou e me trancafiou
Em SP
Às margens da sociedade
Beirando a insanidade
Eu poderia estar matando
Estou apenas te roubando
Justiça nata
Estupra mas não mata!
Aqui nós temos liberdade
É uma das ruas da cidade
Não estou me sentindo bem
Acho que alguém
Me enganou e me trancafiou
Em SP
Então marchamos cegos
Sob a mesma batida
A marcha do progresso
Onde os pobres morrem pobres
E os ricos, milionários
E vivemos em regresso
Vivemos sob o frio
De um destino vazio
Um mundo sem coração
Tudo que espero de você
É que talvez venha a ser
Uma exceção!
Não estou me sentindo bem
Acho que alguém
Me enganou e me trancafiou
Em SP