Olhos de outubro
Banda casinoquebec
Um velho pajé de uma tribo extinta
Me disse que já viu
A morte em muitas faces
Mas nem uma delas é tão perigosa
Quanto a da mulher que nasceu
Com os olhos de outubro
Olhos de desejo e de condenação
Me disse que já viu
A morte em muitas faces
Mas nem uma delas é tão perigosa
Quanto a da mulher que nasceu
Com os olhos de outubro
Olhos de desejo e de condenação
Ela sabe se esgueirar por palavras tortas
E nos beijos que ela dá há um prazer maldito
Estrelas ela sabe ler
Perfume de rosa ela tem
Feitiços antigos na alma e no peito o medo de amar
Destila o veneno de um escorpião
Um dia um rapaz tolo e distraído
Na encosta do morro cruzou com seu destino
Ela atraiu-lhe o olhar
Aqueceu seu sangue
Enquanto a cidade acendia suas luzes ela cravou
Naquele peito menino seu mortal ferrão
E enquanto ela sorria
Em agonia ele cantou
Uma última poesia
Sobre os perigos do amor
Dos olhos de outubro
Ele não escapou
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