Súplicas de um sertanejo

Já faz um tempo que eu não pego a sanfona
Faz muito tempo que eu não vejo passar
A asa branca com seu voo sutil
Pedindo a Deus uma chuva pra esse povo plantar
A asa branca com seu voo sutil
Pedindo a Deus uma chuva pra esse povo plantar

Quando eu vejo esse povo sofrendo
Fico pensando: Oh, meu Deus! O que é que há?
Já não aguento ver esse povo lutando
Enquanto outros driblando a situação sem pensar
Enquanto um chora o outro fica feliz
Mas diz que nunca quis ver tanta gente chorar

Oh, sertanejo!
Deixe essa tristeza pra lá!
Nem sempre a gente ganha aqui nesse mundo
Mas quem tem Deus lá no fundo um dia pode ganhar
Nem sempre a gente ganha aqui nesse mundo
Mas quem tem Deus lá no fundo um dia pode ganhar

Sou sertanejo e não nego a feição
Sou curto e grosso feito o Rei do Baião
Homem do povo que lutou feito touro
Usava chapéu de couro e uma sanfona na mão
Homem do povo que lutou feito touro
Usava chapéu de couro e uma sanfona na mão

Tenho saudades daquele tempo feliz
Em que a gente sempre ouvia o Luiz
Um sertanejo que não torcia o nariz
Sempre encantando o seu povo, deixando a gente feliz
Um sertanejo que não torcia o nariz
Sempre encantando o seu povo, deixando a gente feliz

Oh, seu Luiz!
Que saudades do seu cantar
Do rasgado da sanfona
Meu Deus, como emociona um sanfoneiro tocar!
Do rasgado da sanfona
Meu Deus, como emociona um sanfoneiro tocar!