Trevo de quatro folhas ( nunca diga que teve um dia mal )

Um dia mal pra caralho
Rumo ao trabalho roubaram o meu carro
Cheguei no trampo quase meio dia
Cheirando a demissão
Tremenda confusão
O meu patrão veio me xingar
Sem carro e sem moral
Comecei o dia mal

Chegando em casa me dei mal novamente
Entrei no quarto cruzei com um delinquente
Deitado na minha cama com minha mulher
Quando me viu o filha da puta ainda sorriu

Puta que pariu
Puta que pariu...

Sai sem rumo, sem direção
Não sabia mais de nada nem o que fazer
Apenas lamentar
Fui parar na porta de um bar
Novos amigos amigos pude encontrar
Fiquei chapado e todo mundo foi embora
De um sonho alguém me fez dispertar
Sonhava com a madona
Mais era o dono do bar

Puta que pariu
Puta que pariu...

Uma conta enorme pra pagar
Sugeri lavar a louça mais ele não quis relevar
Passou uma viatura e o velho começou a gritar
Pega ladrão, fui conduzido pelo guarda para detenção
Sem carro, sem mulher e desempregado
Agora vendo o sol nascer quadrado

Saindo da delegacia
Que belo jeito de começar o dia
Mesmo assim não vou reclamar
Ao trafegar por entre as ruas
Fui abordado e confudido com retrato falado de um cara procurado
Fizeram injustiça com as proprias mãos
De mal a pior ia minha situação
As coisas continuavam mal
Da delegacia fui parar no hospital

Puta que pariu
Puta que pariu...

Um mês inteiro engessado
No fim das contas
Ileso e recuperado
Sem carro, sem mulher e sem moral
Só me restou uma extensa ficha criminal
Nunca diga que teve um dia mal
Isso prova que nem todos tem um dia mal
Nunca diga que teve um dia mal
Isso prova que nem todos tem um dia.

Puta que pariu
Puta que pariu...