Não há como evitar
A sua queda
A população injusta rirá em coral
De você criatura
Destinada ao solo frio
Sabotada pela questão gravitacional
Dos seus cream crackes
Restarão só migalhas
Misturadas as clara e gemas que vão pelo chão
De tua dúzia de ovos que teriam um futuro num bolo
Mas que para o teu desconsolo
São apenas manchas em vão
Quem diria que o desenlace dos seus cardaços
Fossem motivo para tanto embaraço
Razão de tal euforia?
Quem diria que nesta diagonal do espaço
O teu corpo em queda faria
Tua gloria e honra em pedaços?
Neste momento em que voas pelos ares
Ignoras os olhares pois a terra te chega num zoom
E tu te perguntas
Deus por que fui tão humilhado?
Eu que sou um cara esforçado
Cumpro os deverem um a um
Poderia o Newton e a Maçã terem conspirado
Para que tua glória coitado
Espalhasse teus membros no chão?
E ainda por cima
Depois deste tombo tamanho
Pode ser que algum estranho
Mande o vídeo para o Faustão
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