Vejo tantas calçadas tantas esquinas, repletas de rostos na multidão
Tantas meninas vendendo seus corpos
Tantos meninos estendidos no chão
Vejo a vida se esvair misturada ao torpor da ilusão
Das luzes dos sons dos tiros, dos gritos vindos da multidão

A paz que eu quero, está no amor que eu sinto
No amor que eu guardei, no amor que eu não dei

As ruas estão cheias as pessoas vazias e corpos
Mecânicos na busca do pão
E a cada dia a gente não se olha mais
Não estende mais as mãos
O medo se tornou proteção
É cada um por si, Deus por todos
Caminhando na sua direção
Torcendo que uma bala perdida não encontre nosso coração

Eu quero não ter que me omitir, eu quero poder me decidir
Saber a verdade que se esconde debaixo de tanto silêncio

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