Antes da queda
BanzéQue eu não sucumba à tirania da minha tristeza
Que eu não me curve à ditadura da sua alegria
Que eu não me renda às armadilhas das falsas certezas
Só peço, por favor, que você vá e assim
Deixe ao menos que eu minta em paz
E que assim se cumpra o inevitável
E assim se crave no meu epitáfio:
DINHEIRO EU NÃO DEVO POUCO,
MAS SATISFAÇÃO NÃO DEVO À NINGÜÉM.
SERÁ QUE EU TENHO DE NASCER DE NOVO
PRA SABER QUAL GOSTO A VIDA TEM?
Que a minha utopia não passe de mera arrogância
Que as minhas qualidades sejam um sinal inconfundível da minha decadência
Que a minha mediocridade se transforme em abençoada ignorância
Que cada gesto, por mais torpe que seja, se revele parte de uma profecia
Só peço, por favor, que você vá e assim
Deixe ao menos que eu minta em paz
E que assim se cumpra o inevitável
E assim se crave no meu epitáfio:
DINHEIRO EU NÃO DEVO POUCO,
MAS SATISFAÇÃO NÃO DEVO À NINGÜÉM.
SERÁ QUE EU TENHO DE NASCER DE NOVO
PRA SABER QUAL GOSTO A VIDA TEM?