Bidú reis

A media luz

Bidú reis
A Media Luz

Corrientes, 348,
Quem sobe ao segundo andar,
Sem porteiro, e sem vizinho,
Só amor vai encontrar,
Há um ambiente calmo,
Neste quarto sedutor,
Um telefone que avisa,
Uma vitrola que chora,
Velhos tangos e canções,
E um gato de porcelana,
Mudo assiste ao nosso amor.

E tudo a meia-luz,
Para brindar o amor,
À meia-luz dos beijos,
À meia-luz nos dois,
E tudo à meia-luz,
Crepúsculo interior,
São suaves os desejos,
À meia-luz do amor...

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