Bizarra locomotiva

Febre de icaro

Bizarra locomotiva
Na Febre de Ícaro

Acolho o misantropo pregador
De irresistível e granítica dureza
Nos quotidianos submersos - Outrora mendigados à cegueira
Convulsa das naturezas mortas

Conheço a solidão
Do permanecer acordado
Consumo o último pacote de rostos negros
E invejo os exemplos - Que faltam neste local

Na febre de ícaro
Morto, sonho mais alto
Na febre de ícaro
Escuto os silêncios

Descia alegre e barulhento
Ofertavam-me sorrisos
Mas eu queria saber um pouco da morte

Era o momento - De imaginar as asas que trago
Morrendo sonho mais alto
De olhos abertos - E ventrículo serrado
Escuto o silêncio de quem consente

Na febre de ícaro
Morto, sonho mais alto
Na febre de ícaro
Escuto os silêncios

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!