Bizarra locomotiva

Mortuário

Bizarra locomotiva
O rancor chegou
No vazio das mãos
No derradeiro ecoar dos sentidos

Rogo-te a desgraça
Rogo-te o fulgôr
Em furiosos jactos na tua boca erguida

Deito-me nas costas do arrependimento
Cansado de ser evocado

Eunuco sugo a luxúria frívola
Reveladamente diante malícia
Do coaxar das carnes

Tu eu
Pele na pele
Contemplados na seiva doce
Tu eu
Pele na pele
Na chaga viva encrostados

Arrancas-me o caule
Murcho no caminho
Dos tumultos na garganta ensanguentada

Ferozes dentes
Serram à dentada
Aquedutos de esperma na gruta mortuária

Deito-me nas costas do arrependimento
Cansado de ser evocado

Eunuco sugo a luxúria frívola
Reveladamente diante malícia
Do coaxar das carnes

Tu eu
Pele na pele
Contemplados na seiva doce
Tu eu
Pele na pele
Na chaga viva encrostados

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!