Sudário de escamas
Bizarra locomotiva
Escondo o tronco no sudário de escamas
Espreito as montras com olhar de mendigo
Recalco mais um embrulho perdido, expressão da vida inerte
Cadáver vivo enxuto ao vento
Espreito as montras com olhar de mendigo
Recalco mais um embrulho perdido, expressão da vida inerte
Cadáver vivo enxuto ao vento
Medito o fresco sussurro, que rompeu tímpanos
Esganando a ambição das palavras ritmadas
Ressono o lânguido sopro vespertino
Que se expressa, ocupando-me alhures em trepadeiras de ilusão
Estrofes sem abrigo
Nas fissuras escanzeladas do sonho proíbido
Escondo o tronco no sudário de escamas
Amarelecido empoleiro-me
Inaugurando paisagens, cobertas pelo orvalho
Que mancha os campos de inverno
Trémulamente, rasgo o pessimismo
E pontapeio a dôr, no abandono das palavras
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