Bloco 36

Guilhotina

Bloco 36
[LD Menêzes]
Esse mundão é mó louco
Uns caindo, uns crescendo
Uns matando, uns morrendo
Uns ganhando, uns perdendo
Rico por não saber usar dinheiro, hoje mendigo
Pobre querendo só um terço do din, mas não tem um pingo!
Lutando, suando no trabalho domingo à domingo
Pra quando chegar em casa, ver seus meninos sorrindo
Uns ricos de felicidade em ver os mais pobres feliz
Já outros são feliz em ser rico e olhar pro próprio nariz
Tem uns que pensam que riqueza é dinheiro e mulher
Outros que se contentam quando só ricos em Fé
Tem uns que como, nasceram com a bunda virada pra Lua
Então, tio corre pra rua
Tenta, agora a vez é sua
Tem que ter esperança, quem acredita, sempre alcança
Na vida, altos e baixos
Vivemos numa balança
Ou numa gangorra, ou então no mate-ou-morra
Nego não quer ser ferido, aí fere outra pessoa
Mas não se lembram que cada ação tem sua reação
Quem bate sempre esquece, quem apanha, não esquece não!
Eu não quero ferir ninguém, também não quero ser ferido
Sempre com a paz de Gandhi, evita o extremo de conflito

[Braga]
Eu vejo a realidade, no olho de cada um que tá aqui
Pensando: Será que pode piorar?
Se pá, aposta na mega
Que vai melhorar
Esquecidos na podridão
Calaram as nossas vozes
Mas as lágrimas ainda saem do olhar
Pais e filhos esquecidos no jardim no Éden
Eu vi, cada sonho sendo perdido
Ardido pelo cílio piscado
Os pais esperam que os filhos
Conseguiam aquilo que eles não conquistaram
Amores infundados
Corações quebrados
A favela é o nosso Brasileirão
A cada dia mais sujo como uma puta rodada
Avisa pro playboy do nariz empinado
Que a favela é mt mais que uma mina de pó localizado
A tristeza por aqui exala todo dia
Mas vê os menorzin pensando em um futuro que não seja o tráfico
Isso já ganha meu dia
Mantendo minha mente meu corpo em sintonia
Para que minha alma alcance a calmaria

[Frost]
Corpos rasgados na bala
Cabeças na guilhotina
Blindado subiu no morro causando maior chacina
O que seremos hoje? O que seremos amanhã?
Síria dentro da Favela e fora Vietnã

Corpos rasgados na bala
Cabeças na guilhotina
Blindado subiu no morro causando maior chacina
O que seremos hoje? O que seremos amanhã?
Síria dentro da Favela e fora Vietnã

[D'Jazz]
Ninguém falou que a vida é justa
De costume tem uns caso na TV, mas é 1/3, a realidade assusta
Onde o pobre não reina
Extrato não circula
Cadê pão de cada dia?
O estômago borbulha
Onde se encaixa o futuro da criança?
Cadê a frase que mantém viva a esperança?
Máximo respeito pra quem preza a igualdade
Pois de cuzão, esse mundo tá cheio, bota na balança
O mau tá na espreita magoando corações
Botando na tua cabeça que tu não tem condições
O crime é uma esquina a frente, uma das opções
Traduz o que passa na mente, TrintaEseisVisões
É um atalho rápido, que te fode se pensar lento
É um atalho prático, que no final é só lamento
Crime não é mágico, não transforma o orçamento
Escreva diário de um trabalhador, não de um detento
Visão, braga! É do Sapê pra onde nós quiser
Avisa lá no empresário que minha agenda tá com fome
Nunca mais eu vou dormir
Tô disposto a trocar meu travesseiro por caixa de som, platéia e microfone
Tu percebeu que eu foquei e gastei

Instantaneamente, minha pessoa te incomoda
Apareceu crítica até de onde nunca pisei
E eu nem sei quem é os maluco, isso que é foda

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