Bloco do caos

Servir e proteger

Bloco do caos
A pólvora que queimou o meu dedo
Fez a minha alma se sujar
Meus olhos não refletem o medo
Evanesceram de tanto chorar

Eu vi a morte mais vezes que a vida
E torço pra que venha me buscar
Fui homem feito ainda bem cedo
De um modo muito pouco salutar

De todo mal me alimentei
Servir e proteger sem saber a quem
Arrependido, me ajoelhei
Pro perdão que nunca concedi à alguém

Marcas de bala por toda parede
E no telhado de zinco
Quanto mais implacável, maior a patente
Mais respeitado e rico

Soldado de um mundo tão decadente
Seus crimes levo comigo
A ponta de lança do rancor dessa gente
Dias longos são meu castigo

Fui capacho da elite burguesa
Filhote do fascismo militar
Da oligarquia eu fui a defesa
Fiz a periferia sangrar

Na cama eu não deito, eu procuro alento
Sussurros ao pé do ouvido
Sons do passado, dos tempos de guerra
Sou meu pior inimigo

De todo mal me alimentei
Servir e proteger sem saber a quem
Arrependido, me ajoelhei
Pro perdão que nunca concedi à alguém

Marcas de bala por toda parede
E no telhado de zinco
Tao mais implacável, maior a patente
Mais respeitado e rico

Soldado de um mundo tão decadente
Seus crimes levo comigo
A ponta de lança do rancor dessa gente
Dias longos são meu castigo

Todos os olhos do mundo se voltavam pra mim
Eu fui o orgulho pra alguns e pra outros o fim

Todos os olhos do mundo se voltavam pra mim
Eu fui o orgulho pra alguns e pra outros o fim

Marcas de bala por toda parede
E no telhado de zinco
Tao mais implacável, maior a patente
Mais respeitado e rico

Soldado de um mundo tão decadente
Seus crimes levo comigo
A ponta de lança do rancor dessa gente
Dias longos são meu castigo

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