Boletos antiaderentes

Paixão paulista

Boletos antiaderentes
Ela é linda, linda de morrer
E ainda vou dizer isso mil vezes
Para, quem sabe, explicar
O quanto ela é linda
Seus olhos mais castanhos que o azul do mar [?]
E todos os clichês sem sal
Que dizem os poemas de parede
Que a galera faz questão de encher meu feed
Mas são uma porcaria

E eu não entendia por que Van Gogh
Daria sua orelha para alguém
Até te conhecer
E eu não acreditaria que há coisa mais bonita
Que pegar metrô sentado
Até te ver

Me sorrir, (me sorrir)
Me chamar, (me chamar)
E eu a contemplar

O quanto ela é linda
Linda como purê
De batata no cá chorro quente
Linda como deixar
A esquerda livre na escada rolante

E eu não entendia por que Van Gogh
Daria sua orelha para alguém
Até te conhecer
E eu não acreditaria que há coisa mais bonita
Que pegar metrô sentado
Até te ver

Me sorrir, (me sorrir)
Me chamar, (me chamar)
E eu a contemplar

O seu rostinho, tímido
Chamando o garçom
Dizendo para ele
Traz o condimento, meu irmão!
E o meu coração, contrafeito
Descobri assim: Não há amor perfeito
A paixão se foi, assim, à risca
Quando ela botou ketchup em sua pizza

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