Desnaturalize (rap geográfico)
BrankobranSeja franca, quantos professores negros você tem?
E ter um amigo negro não te dá uma carterinha de: Eu não sou racista
Vê se entenda isso bem
Essas meninas andam tudo com um short curto e decote
Mas se o corpo é dela, ela faz o que quiser
Mas você babaca muda o curso, diz que tá com sorte
E assobia, e diz que isso não é preconceito com mulher
Como é? Diz que vai meter porrada em quem é gay
Ou você se sente ameaçado ou eu não sei
Diz que para Cristo é pecado duas pessoas do mesmo gênero se amar
Mas rapá
Se todo mundo acreditasse em Cristo, o que seria de Iemanjá ou de Alá?
Sai pra lá e vê se some
Não existe essa parada de mostrar pras minas o que é gostar de homem
Papo de moleque e não de homem
Eles querem me colocar dentro de uma gaveta
Saí com minha caneta
Escrevendo rap geográfico, rap que é tráfico
De informação pra qualquer planeta
Para com essa parada que uma mente quadrada não vai pensar bem
Quer ir pro Estados Unidos então fica ligado que saúde não tem
A não ser que tenha grana pra pagar o seguro pra poder ficar seguro
Mas seus filhos na escola (hein?) não vão estar tão seguros também
Quem te enganou que a cultura deles é melhor que a nossa?
Se fosse, eles não iam vim aqui roubar a nossa
O que eles querem é que a gente pense eles que dominam o universo
E a gente pelo inverso tá na fossa
Nossa! E urbano não é melhor do que o rural
A falta de serviço no campo é proposital
Eles te arrastam pras metrópoles, não vivemos sem celular, internet
Somos andróides urbanóides
Países pouco urbanizados pra eles tão fora
Selvagem vem de selva, entendeu agora?
Eles querem um padrão, o padrão são eles, não nós
Dizem que não temos voz mas não tememos vós
Eles querem me colocar dentro de uma gaveta
Saí com minha caneta
Escrevendo rap geográfico, rap que é tráfico
De informação pra qualquer planeta
Desnaturalize