Pobre seresteiro
Brazão e brazãozinhoVenho rever minha antiga morada
Faz tanto tempo que eu dei a despedida
Recordo sempre de vocês, companheirada
Por isso hoje eu aqui voltei cantando
Em serenata nesta triste madrugada
Cantei sentido no soluço do meu pinho
Uma canção para quem foi minha amada
Acorda meu bem, acorda
Vem rever seu amorzinho
Eu quero matar a saudade
Que sinto de ti, meu benzinho
Cantei baixinho em frente a sua janela
Ela dormindo não veio cumprimentar
Naquele tempo vivia só pra mim
Eu fui embora e jurei de não voltar
Agora chora o meu pobre coração
Por não rever quem já foi meu grande amor
Vive feliz e não pensa mais em mim
E eu sozinho choro lágrimas de dor
Eu vou embora sem matar minha saudade
Pra recordar vou passar lá no jardim
Onde com ela todas as tardes encontrava
Embora sei que irei chorar sozinho
Pertence a outro seu amor que era meu
O meu consolo é abraçar meu violão
E por lembrança deste pobre seresteiro
Deixo a você minhas queixas em canção
E hoje eu choro arrependido
Por não rever aquela mulher
O meu consolo é só beber
Não posso esquecê-la um momento sequer
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