Cabongue

Querem me guiar

Cabongue
Hoje mais uma vez o desespero vem invadindo a minha casa com uma arma engatilhada.
Os nossos filhos abandonados, nosso pais assassinados.
A hipocrisia vence então como eu vou resistir?
Não se pode ir tão longe, o meu prazer é confiscado pela classe dominante.
E adiante, apertam mais o meu cabresto com o domingo, carnaval e cultura pop pra eu não me questionar.
Se a chapeuzinho é realmente a heroína da história ou só mais uma poderosa que enjoou.
Vendo que o lobo mendigava na esquina da Av. Higienópolis com arua Itacolomy.
É tão difícil ser feliz quando você nota na geladeira não há nada pra comer e se é culpado até se provar o contrário, de algum jeito ou de algum lado alguém consegue te acertar.
E todos pedem pra eu parar e me render, se me conformar tenho mais chance de vencer.
Isso meu caro é uma mentira que contaram.
Eu sou mais Kaiser Camargo, Conan Doyle, De La Rocha, Michael Olga e jogar bola.

Não vou aceitar, querem me guiar.
Não sem lutar, um dia se verá a minha vontade respeitada.
Ordens superiores questionadas.
(E não vou me preocupar com a meia entrada pra pagar, eu já consigo perguntar sem ter que g-g-gaguejar).

Indo, descendo o morro como um doido, a 5m/s com um corte bem profundo pra escapar.
Do moralismo, tradição, contradição que são as causas da minha pobre condição.
Sempre se vê bonitos carros na cidade, com seus vidros levantados.

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