Cae maia

Vagabundo

Cae maia
Ouvi dizer que tu é vagabundo é, até que é, até que é

Ouvi dizer que tu é vagabundo verdade
Até que é mais menos que dois terços da metade
O outro quarto eu tomei, foi uma bala
Essa parte ta na pista é a parte que mais rala
Vagabundo tem de tudo que é escravo de si mesmo
Padre, maluco, esportista, alegria pro veneno
Eu nem me atrevo, a dizer o que é melhor pros loucos
Se der de tudo um pouco cabe dentro do que é oco

Vagabundo é o que resta de grande no gueto
Seja a beira dos bueiro ou de bobeira no beco

Vagabundo, dólar miséria do mundo
Devagar, vaga rala rasta rala vagabundo

Se eu fizesse um som que fosse platinado
Ia ter muito brother pra botar os baseado
Seda prata envenenada, passa a goma açucarada
E o ouvido digere a batida limonada

Muda munda vasta inunda
Tão redonda, tão pesada, tão simples e tão profunda
Na rua, na sua, no sol ou na tua
To junto das vadia do lado das vagabunda

Mandei fazer um disco de vinil afinado
Mas o som tu bem que viu que bem que saiu errado
Bem riscado embolado, nem tunado nem tem nada
Se o certo é ser sucesso com as mina na balada

Na balada embotada de tudo que é presepada
Fim da festa e se pá, ainda surgem dopadas
Politizam animadas com as eleições passadas
Nem tão perto do palco, nem tão longe da entrada

Vagabundo é o que resta de grande no gueto
Seja a beira dos bueiro ou de bobeira no beco

Bondade
Bondade

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