O caldo
Caio corrêaOnde a saudade está (a gente vai lá)
Onde o sol faz renascer
E a calma vem me enlouquecer
Mas irregularidade e terreno fraco
Ainda aguenta o peso denso da cidade
Alguma forma de prazer
É bom a gente cuidar e olhar pra frente (a gente vai lá)
Deixa solto, solto vai
Se prende tende a olhar pra trás
E sente o rebolado da pele preta
Foco e determinação oriental
Serenidade pura
Um caldo ensina a gente
Um caldo ensina
O medo pode ajudar, estar presente
Corajoso faz sorrir. Verdade, eu já pensei em desistir
Mas eu quero o valor
Sentir o sabor
Transformar tempestade em glória
E de repente a gente aprende
Que o tal lugar é só um conflito consciente
Um caldo ensina a gente
Um caldo ensina
Um quadro no fundo descasca
Mostrando que o tempo repassa
Ação, reação, minha inspiração, meio um culto à razão
Minha forma de amar, de pensar, de ampliar
Um projeto sem teto, um discurso modesto
Uma nova visão de uma velha questão
Simplesmente complexo, a verdade sem nexo
Um amigo disléxico, esqueci do anexo
Sinto falta do sexo se ela não tá por perto
Tiro a carta do jogo e a fatia da torta
Tento ler a resposta que a pergunta me dá
E descobrir a razão do que o futuro dirá
Um caldo ensina a gente
Um caldo ensina